Você sabia que a construção de imóveis contribui para o crescimento da economia não só durante o período de obras, mas também após a conclusão desse processo?
É o que mostra o estudo inédito da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), intitulado de “Pós-obra: Geração de Emprego e Renda na Economia”. Quem traz mais sobre o assunto é o empresário do ramo da construção, Edenilso Rossi Arnaldi, que também é o fundador e presidente da Sial Engenharia.
De acordo com o levantamento da Cbic, para cada R$ 1 de obras que são entregues, são gerados mais R$ 0,36 de outras despesas típicas do pós-obra, isso ao longo de três anos.
Em outras palavras, salientou o estudo, “encerrado o ciclo de edificação e entregues as chaves, a Construção Civil residencial é capaz de gerar mais 36% dos valores das moradias em termos de demanda para os diversos setores da economia, incluindo a própria construção”.
Edenilso Rossi Arnaldi reporta que, para a análise, a Cbic considerou como ponto de partida o cálculo do surgimento de novos domicílios entre os anos de 2018 e 2019, segundo as informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Esse incremento foi estimado em 1,38 milhão de unidades, o que corresponderia a um estoque total de 72,4 milhões de residências em 2019. A distribuição dessas residências, por faixas de renda, foi fixada a partir daquela registrada pela PNAD no ano de 2017”, explicou a pesquisa.
Levando em conta esses dados, o estudo da Câmara Brasileira da Indústria da Construção concluiu que os gastos da fase pós-obra resultam em um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) em cerca de quase R$ 32 bilhões — isso “já se levando em conta os impactos diretos, indiretos e induzidos”, especificou o documento. Tal valor corresponde a 0,44% do PIB de 2019, reproduz Edenilso Rossi Arnaldi.
Esses gastos do pós-obra ainda resultariam na geração de cerca de 676 mil de postos de trabalho em toda economia — o que representa, por sua vez, 0,7% da população ocupada no último trimestre de 2019, enfatizou a publicação da Cbic.
“No que diz respeito à geração de tributos, seriam arrecadados R$ 16,7 bilhões de receita tributária. Considerando-se a arrecadação total de tributos em 2019, da ordem de 35,2% do PIB daquele ano, a arrecadação associada ao gasto pós-obra corresponderia a 0,65% do valor total”, acrescentou a pesquisa da entidade do ramo da construção civil.
Para o presidente da Cbic, José Carlos Martins, o “Pós-obra: Geração de Emprego e Renda na Economia” só reforça a importância do setor da construção para a economia de um país — não só no que se refere a execução da obra em si, mas também nessa fase pós-obra, visto que isso impulsiona outros segmentos econômicos. De acordo com o que acentuou Martins, “a construção civil acaba afetando a economia amplamente”.
Quem quiser conferir o estudo completo, bem como todas as conclusões da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, pode fazer isso pelo site da entidade, conclui o empresário do ramo da construção, Edenilso Rossi Arnaldi.