Expectativa de crescimento para o PIB da construção em 2021 cai de 4% para 2,5%, reporta Edenilso Rossi Arnaldi

De acordo com as avaliações divulgadas no final de abril, dia 29, pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), houve alteração nas expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) do setor da construção em 2021. Segundo o que explicou a Cbic, a Indústria da construção começou o ano com a estimativa de crescimento de 4% do seu PIB — o que seria a maior alta desde 2013 — contudo, por conta do cenário imposto pela falta de insumos, essa estimativa desceu para 2,5%.

O empresário do ramo da construção, Edenilso Rossi Arnaldi, que também é o fundador e presidente da Sial Engenharia, reporta que tanto a Cbic, quanto a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e os próprio empresário acreditavam em uma normalização no mercado de insumos na virada de 2020 para 2021 — situação, porém, que não aconteceu.

Também conforme o que destacou a Cbic, os bons resultados que foram alcançados pelo setor, no segundo semestre do ano passado, não se mantiveram no primeiro trimestre deste ano. “De janeiro a março de 2021, o índice que mede a situação financeira das empresas do setor recuou 5,3 pontos em relação ao último trimestre de 2020, caindo de 47,2 para 41,9 (número abaixo de sua média histórica, de 44 pontos)”, acentuou a Câmara Brasileira da Indústria da Construção. O índice é da Sondagem Indústria da Construção, uma realização da CNI com o apoio da Cbic, frisou Edenilso Rossi Arnaldi.

Outras considerações da Cbic, conforme estudo da entidade e dados da CNI, foram de que, desde dezembro, o nível de atividade da construção começou a perder intensidade no Brasil. Desta forma, o setor da construção encerrou os primeiros três meses de 2021 em queda.

Edenilso Rossi Arnaldi reproduz que o indicador de atividade no último mês de março foi de 44,9 pontos, ou seja, 6,5 pontos abaixo do observado no mês de agosto de 2020 — período em que a construção começou a ganhar ritmo (isso depois da queda observada nos dois primeiros meses da pandemia de Covid-19). “Com isso, os resultados mais positivos observados no período de agosto a novembro de 2020 não se sustentaram. Em março de 2021, o setor registrou o menor patamar de atividades desde junho de 2020”, salientou a Cbic.

Contudo, para a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Ieda Vasconcelos, os 2,5% de crescimento do PIB no setor da construção ainda podem ser considerados otimistas — principalmente por conta dos problemas pelos quais o setor passa atualmente. Edenilso Rossi Arnaldi ressalta que Vasconcelos destaca, nesse sentido, não só a questão da falta de materiais e do aumento de preços, como também as preocupações com outros aspectos, tais como:

  • A instabilidade macroeconômica;
  • A desvalorização cambial;
  • A inflação elevada;
  • O avanço da pandemia; e
  • A vacinação contra a Covid-19 — que ainda acontece em ritmo muito lento no Brasil.

“Também não se pode deixar de ressaltar que o menor ritmo da construção civil significa muito mais do que impacto econômico, significa impacto social”, completou a economista da Cbic.

Para conferir todas as ponderações da Câmara Brasileira da Indústria da Construção a respeito da situação atual do setor, acesse a reportagem completa publicada pela Agência Cbic.