Mulheres ganham força na construção civil, reporta Edenilso Rossi Arnaldi

Todos os anos, em março, por conta do dia 8, quando é celebrado o Dia Internacional da Mulher, as conquistas femininas são relembradas e reforçadas — assim como o direito das mulheres de serem respeitadas e valorizadas em todas as estadas da vida. E no setor da construção civil não é diferente! Quem aborda o tema é o empresário do ramo, Edenilso Rossi Arnaldi, que também é o fundador e presidente da Sial Engenharia.

No início de março, dia 5, o portal Terra divulgou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a respeito da evolução do número de trabalhadoras registradas no mercado da construção civil — eram 109.006 em 2007 e, em 2028, 239.242. Ou seja, em cerca de uma década, esse número mais que dobrou, subindo em torno de 120%, destacou Edenilso Rossi Arnaldi.

De acordo com o IBGE, dentre os fatores que estimularam esse aumento da participação feminina na construção civil está a evolução da indústria no setor. “Com métodos construtivos automatizados e maior segurança, a prioridade está mais na qualificação profissional que na força física”, explicou o Terra.

Quem também trouxe o assunto à tona foi o jornal mineiro O Tempo, com dados ainda mais longínquos no que se refere à relação da ala feminina com o setor da construção. Edenilso Rossi Arnaldi salienta a reportagem do dia 7 de março do veículo de informação, que reportou números do Ministério do Trabalho e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), apontando que entre os anos de 2002 e 2012, o crescimento no quantitativo de mulheres trabalhando na construção civil foi de 65% — e que entre 2006 e 2016 essa alta foi de 10%.

“Esses aumentos também estimularam as mulheres a ocuparem mais cadeiras nas faculdades de engenharia país afora: a participação feminina se resumia a 24.554 heroínas que estudavam em 2003; e passou a ser 57.022 em 2013 — números divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)”, acentuou também a matéria do O Tempo.

Conforme o Censo da Educação Superior, as mulheres já ocupavam, em 2015, 30,3% das vagas nos cursos de Engenharia Civil, reproduziu o fundador e presidente da Sial Engenharia.

“O que ainda precisamos combater com veemência é o preconceito enraizado e velado, que existe em um mercado que por séculos foi totalmente dominado pelo sexo masculino”, escreveu a autora da reportagem publicada pelo jornal mineiro, a diretora de marketing da empresa Ecogranito, Simone Las Casas.

Edenilso Rossi Arnaldi reporta, ainda, que outro número frisado no texto do O Tempo é que, em 2017, as mulheres ocupavam somente 13,6% dos postos de trabalho em todos os setores da construção civil. “É o que mostra o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). Dos profissionais de Engenharia Civil ativos no Confea, somente 19,7% são mulheres. Sinal de que ainda há muito a ser feito”, enfatizou a matéria.

“O que pouca gente sabe é que a luta pela entrada da mulher na construção civil é secular. Essa batalha precede, inclusive, à própria instituição do Dia Internacional da Mulher, em 1910. Mas sempre mantivemos com classe a nossa vocação de deixar grandes legados. Ajudamos a construir a história, mesmo sob o fardo da misoginia. Aliás, construímos história… e pontes”, escreveu Simone Las Casas, citando a engenheira-chefe do projeto da Ponte do Brooklyn — inaugurada em Nova York (EUA), no ano de 1883 — Emily Warren Roebling.

Para Simone, Emily é uma grande referência feminina na construção civil. “Até hoje a ponte é considerada um dos projetos mais ousados da humanidade, considerando as limitações da época”, completou a autora da reportagem do O Tempo.