Setor de Construção Civil deve apresentar um crescimento de 3% este ano, reporta Edenilso Rossi Arnaldi

A marca supera a expectativa para 2019 de 2% de crescimento do PIB da Construção, em comparação com 2018.

Boas notícias para a área da construção civil. As estimativas de importantes entidades do setor, como a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estados de São Paulo (SindusCon-SP), são de um crescimento de 3% da categoria neste ano, em comparação com 2019. Quem traz mais informações sobre o assunto é o empresário do ramo da Construção, Edenilso Rossi Arnaldi, fundador e presidente da Sial Engenharia.

“Para 2020, projetamos aumento de 3% no PIB [Produto Interno Bruto] da Construção, mais uma vez puxado pelo segmento de autoconstrução e reformas (+4,5%) e pelos serviços especializados (+2,5%), mas com desempenho do setor de edificações (+2,3%) superior ao da infraestrutura (+1%)”, acentuou o presidente do SindusCon-SP, Odair Senra. O presidente da CBIC, José Carlos Martins, destacou, por sua vez, que esse percentual representa um potencial para criação de 150 mil a 200 mil postos de trabalho formais até o fim de 2020.

Edenilso Rossi Arnaldi salienta que a marca supera a expectativa para 2019 (cujos números ainda não foram fechados) de 2% de crescimento do PIB da Construção em relação a 2018, e cerca de 100 mil postos de trabalho criados, pontua Arnaldi. Conforme as entidades, essa melhora é fruto de um momento mais razoável da economia, após anos de desempenho ruim.

Senra também explicou que “o segmento imobiliário tem apresentado um melhor desempenho em lançamentos e vendas, sobretudo no município de São Paulo”, e que esses lançamentos e vendas devem resultar em obras, emprego e renda. “Daí sim, a expectativa de que este segmento apresente um desempenho mais robusto em 2020, contribuindo para um PIB mais elevado”, reforçou ele.

Para o presidente do SindusCon-SP, a melhora na economia se dá por conta de um conjunto de fatores favoráveis. Entre eles: “a significativa queda de juros e a inflação sob controle, o que motivou a diminuição dos juros nos financiamentos imobiliários, tornando-os mais acessíveis; uma demanda qualificada de famílias que, agora, com a baixa inflação e a estabilidade econômica, sentem-se mais seguras do que nos anos anteriores para tomar crédito de longo prazo; e investidores que, com a redução da atratividade das aplicações financeiras, começam a adquirir imóveis para renda ou preservação do patrimônio”.

Edenilso Rossi Arnaldi também reporta as avaliações do vice-presidente de Economia do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo, Eduardo Zaidan. Segundo Zaidan, o que está dando um novo gás ao setor de Construção é o trabalho de “formiga” feito pelas pessoas que reformam suas casas ou fazem autoconstrução. “A recuperação está começando pelo setor informal”, observou ele.

Vale destacar que, de acordo com o que pontuou a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), o varejo da Construção conta com cerca de 140 mil lojas no País, e movimenta mais de R$ 100 bilhões por ano. Para o presidente da Abrainc, Luiz França, após fechar 2019 com a construção de cerca de 580 mil novas moradias, as construtoras estão preparadas para entregar, em 2020, um milhão de unidades.

“Hoje, o juro do financiamento está em um dígito, o problema dos distratos foi resolvido por lei e a confiança do consumidor está melhorando. Essas condições são um gatilho de crescimento do mercado em qualquer lugar do mundo”, enfatizou França.

Por fim, de acordo com a presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Cristiane Portella, a maior competição entre os bancos para oferecer taxas de juros competitivas para o financiamento imobiliário é, justamente, mais um fator que estimula o crescimento do setor da Construção.

Sobre Edenilso Rossi Arnaldi

Arnaldi é natural do Distrito de Sumaré, bairro de um município bem ao norte do Estado do Paraná, que atende pelo nome de Paranavaí. Atualmente, ele atua como presidente da que hoje é chamada de Sial Engenharia. A companhia, no entanto, foi fundada pelo empresário brasileiro ainda na década de 1990, com o nome de Sial Construções Civis.  

No ano 2000, Edenilso Rossi Arnaldi foi eleito presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil Oeste do Paraná (SindusCon- Oeste/PR). Em 2003 e 2004, por sua vez, presidiu a Câmara Estadual da Construção Civil, entidade com sede na capital paranaense Curitiba. Nos anos seguintes, Arnaldi iniciou a expansão do seu grupo empresarial, com a criação da Laguardia Empreendimentos, empresa voltada para a construção e incorporação imobiliária; e a Massapê Construções, focada em obras públicas de pequeno e médio porte.

Em 2019, a Imobiliária Rossi chegou para consolidar e auxiliar na comercialização tanto dos imóveis próprios do empresário brasileiro quanto de terceiros. Por fim, visando trazer modernidade ao grupo empresarial de Edenilso Rossi Arnaldi, foi incorporada aos negócios a Urban Capital, startup no segmento de equity crowdfunding,