O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, em meados de janeiro, dia 12, os últimos dados a respeito do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) referentes a 2020. Quem reporta os números é o empresário do ramo da construção, Edenilso Rossi Arnaldi, fundador e presidente da Sial Engenharia.
Segundo a entidade, o Sinapi (que foi criado no ano de 1969) teve uma alta de 1,94% no último mês de dezembro, ficando 0,12 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada em novembro, que foi de 1,82%. Desta forma, o Índice Nacional da Construção Civil fechou o ano passado com um acumulado de 10,16% — a maior taxa da série com desoneração, iniciada em 2013 — e subindo 6,13 p.p. em relação à taxa acumulada de 2019, que foi de 4,03%. Ainda conforme os dados do IBGE, o índice, em dezembro de 2019, foi de 0,22%.
Edenilso Rossi Arnaldi destaca que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística especificou também os custos nacionais de construção referentes ao último mês de 2020. De acordo com a entidade, esse custo, por metro quadrado, passou de R$ 1.252,10 em novembro, para R$ 1.276,40 em dezembro — sendo R$ 710,33 relativos aos materiais e R$ 566,07 à mão de obra.
“A parcela dos materiais, com alta significativa mais uma vez, apresentou também a maior variação mensal de 2020: 3,39%, subindo 0,24 ponto percentual em relação ao mês anterior (3,15%) e 3,52 pontos percentuais frente a dezembro de 2019 (-0,13%). Já a parcela da mão de obra registrou taxa de 0,18%, caindo 0,07 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,25%) e 0,41 ponto percentual frente à taxa de dezembro de 2019 (0,59%)”, salientou o IBGE.
Para o gerente da pesquisa, Augusto Oliveira, a série foi bastante impactada a partir do mês de julho, justamente, por conta das altas sequenciais das parcelas dos materiais. “Em agosto, percebemos que a parcela dos materiais se descolou da outra parcela que compõe o índice, que é a da mão de obra, exercendo uma influência muito grande sobre o agregado”, enfatizou Oliveira.
Nesse sentido, em termos de acumulado no ano para 2020, Edenilso Rossi Arnaldi acentua que o percentual chegou a 17,28% nos materiais — e “somente” a 2,33% no que diz respeito à parcela do custo referente aos gastos com mão de obra. “Em 2019, a parcela dos materiais fechou em 4,54% e a mão de obra, em 3,47%”, lembrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Regionalmente
Quando comparada as cinco regiões brasileiras, os dados do IBGE apontam que, influenciado pela alta significativa na parcela dos materiais, foi o Nordeste que apresentou as maiores variações percentuais — tanto no que se refere ao mês de dezembro (2,37%) quanto no acumulado em 2020 (12,50%), frisou o empresário do ramo da construção Edenilso Rossi Arnaldi. “Nas demais regiões, os resultados foram: 1,75% (Norte), 1,69% (Sudeste), 2,27% (Sul) e 1,35% (Centro-Oeste)”, acrescentou o Instituto Brasileiro.
Por sua vez, os custos regionais de dezembro, por metro quadrado, foram: R$ 1.289,71 (Norte); R$ 1.201,17 (Nordeste); R$ 1.319,86 (Sudeste); R$ 1.335,31 (Sul) e R$ 1.260,87 (Centro-Oeste). Para mais informações, acesse a publicação do IBGE.